Caráter simbólico do episódio “Ilha dos Amores”:
o mar é o caminho físico para a espiritualidade;
com Vasco da Gama temos o reconhecimento do herói e a Ilha dos Amores é esse reconhecimento;
na Ilha dos Amores dáse o casamento cósmico entre os marinheiros e as ninfas – é a recompensa e a dignificação/mitificação do herói;
para os marinheiros fazerem amor com a ninfas, são elevados ao plano do divino e as ninfas têm oportunidade de saborear o amor humano;
Tétis revela a Vasco da Gama a Máquina do Mundo, o que permite a mitificação do herói, o amor e o conhecimento. São estes últimos que permitem a elevação do ser como pessoa;
a Ilha existe porque os portugueses foram capazes de ultrapassar os seus medos e atingir o conhecimento ao passarem pelo Cabo das Tormentas;
revelação de que o único caminho para o futuro é o amor e o conhecimento (cf. Quinto Império)
Mitificação do herói:
os portugueses conseguiram conquistar o mar e vencer as forças divinas;
a vontade de “ir mais alto” e “mais longe”, a ousadia, a coragem, o sacrifício e o estudo permitiram ao povo português a superação de si próprio e “mais do que prometia a força humana” atingir o seu objetivo;
a Ilha dos Amores surge como a recompensa pela superação de todos os obstáculos e o alcance do “horizonte”, existindo, desta forma, a divinização dos portugueses;
a viagem traduzse na procura da verdade, na passagem do desconhecido para o conhecido, das trevas para a luz, a capacidade de ultrapassar o medo e atingir a verdade, sendo exemplo disso o episódio do Adamastor;
a Máquina do Mundo surge como uma nova época do conhecimento, o alargamento de horizontes;
a suprema harmonia dá-se através da união dos homens com os deuses;
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