quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Lírica Camoniana

Camões viveu na fase final do Renascimento europeu, um período marcado por muitas mudanças na cultura e sociedade, que assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna e a transição do feudalismo para o capitalismo.
Chamou-se "renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da Antiguidade Clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista que afirmava a dignidade do Homem, colocando-o no centro do universo, tornando-o o investigador por excelência da natureza, e privilegiando a razão e a ciência.


VERTENTE TRADICIONAL
Poesia que aproveita a temática da poesia trovadoresca e as formas da poesia palaciana.

1. A nível dos temas:
• Sofrimento amoroso;
• Partida do objeto amoroso;
• A saudade;
• As confidentes;
• Cenário campestre e pastoril;
• Presença de elementos, como o mar, a fonte e os pastores (Influência da poesia trovadoresca).

2. A nível da forma:
• Métrica (medida velha):
 Versos de redondilha maior (7 sílabas métricas);
 Versos de redondilha menor (5 sílabas métricas).
• Variedade estrófica:
 Mote (que introduz o tema) e glosas (que desenvolvem o tema);
Vilancete;
Cantiga;

Esparsa – composição poética em redondilha, que apresenta entre oito e dezasseis versos.
Não apresenta mote nem refrão.
Trova ‐ poema composto por apenas uma estrofe, de quatro versos em redondilhas maiores de rimas alternadas.
Endecha ‐ composição de tom melancólico e triste em versos de cinco ou seis sílabas, geralmente agrupados em quadras, segundo o esquema rimático ABCB, ABAB ou ABBA. O plural endechas deve‐se ao facto de a cada quadra se atribuir a designação de endecha e o poema ser constituído por mais de uma estrofe.


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